As revistas especializadas de Londres têm apontado o produtor e cantor de música eletrônica (esta definição é limitada para a sua música) James Blake, 22, como uma das principais revelações de 2010 e promessa para o ano que vem. Para se ter uma ideia, o moço já foi resenhado positivamente pelo site "Pitchfork", um dos principais sobre música.O som de James Blake tem sido classificado como dubstep, estilo eletrônico que mescla jazz e drum'n bass. Até o momento, o cantor lançou dois EPs pela editora belga R&S, tradicional selo de música eletrônica da Europa. Os críticos começam a fazer barulho em torno do nome do rapaz e atentam para que deixemos os nossos ouvidos ligados aos seus próximos passos musicais. O primeiro disco dele está prometido para o ano que vem. Mas, e o som de James Blake?Numa primeira audição, sua música pode causar estranhamento, pois não possui uma sequência de bits aos quais estamos habituados. O tom progressista e soturno permeia boa parte de suas músicas. A maioria de suas produções inicia com batidas sem coerência, mas que aos poucos dão o tom e criam todo um clima.O repertório de James cabe perfeitamente em instalações contemporâneas sobre cibernética e o pós-humano. A impressão que temos é que estamos em um ambiente completamente mecânico e líquido. Mas o trabalho do rapaz pode funcionar perfeitamente nas pistas, ainda mais se DJs resolverem fazer remixes, algo que já está acontecendo em clubes gays de Londres.A sonoridade de James Blake nos faz lembrar os tempos de Björk em seu disco mais alucinado, "Homogenic". O rapaz também está muito próximo do trip hop. Porém, buscar uma definição para a música do cantor pode ser um erro. Enfim, vale a pena ouvi-lo.
25 de dezembro de 2010
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